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Com um olhar apaixonado para as pequenas coisas do dia a dia e um entusiasmo natural e constante vou seguindo. Guardo as primeiras impressões, contudo, considero somente as últimas. Não preciso da mentira para proteger minha rotina. Não desperdiço pessoas. Comprometo-me com meus valores. É inequívoco que choro, mas, o riso é mais constante. Não importa o quanto à realidade possa confundir, trago comigo algumas certezas eternas! Não tenho medo do novo, muito menos compromisso com erro, a coragem pra mudar tudo que não me faz bem me acompanha. Amo muito e me sinto forte porque vivo na certeza de ser amada. A minha vida é plena, me ocupo só com ela, não existem arrependimentos, e se eu tivesse que escolher entre o que tenho e o que me falta escolheria o que eu tenho. Sou tudo aquilo que penso, sinto e faço; gosto da pessoa que me torno a cada dia e estou exatamente onde queria estar! Por tudo isso a minha felicidade tem garantia!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu não tenho medo do Schopenhauer.

Para Schopenhauer, o sentido da existência humana é o sofrimento, pois a nossa receptividade para a dor é quase infinita, enquanto que para o prazer, possui limites estreitos. Embora toda a infelicidade individual apareça como exceção, a infelicidade em geral constitui a regra.

O que passa por nossa vida de acordo com nossa vontade, não é percebido, por outro lado, tudo que opõe que é desagradável e dolorido, nós o percebemos diretamente, de imediato e claramente.

Mas, assim como o corpo explodiria se lhe fosse subtraída a pressão da atmosfera, assim também se a pressão da necessidade, dificuldade, contrariedade e frustração das pretensões fossem afastadas da vida dos homens, sua petulância crescia, se bem que não até estourar, contudo até as manifestações desenfreadas da loucura. Cada um necessita sempre de certo “quantum” de preocupação, como o navio de lastro para navegar de modo ereto e firme.

Trabalho, aflição, esforço e necessidade constituem durante toda a vida a sorte da maioria das pessoas. Porém, se todos os desejos apenas originados, já estivessem resolvidos, o que preencheria então a vida humana, com o que se gastaria o tempo? Que se transfira o homem a um país utópico, em que tudo crescesse sem ser plantado, as pombas revoassem já assadas e cada um encontrasse logo e sem dificuldade sua bem-amada. Ali em parte os homens morrerão de tédio ou se enforcarão, em parte promoverão guerras, massacres e assassinatos, para assim se proporcionar mais sofrimento do que o posto pela natureza.

As necessidades do homem ele amplia propositadamente, para assim aumentar o prazer: donde luxo, iguarias, tabaco, ópio, bebidas alcoólicas, pompas e tudo o mais. Igualmente em conseqüência da reflexão se acrescenta uma fonte, a jorrar unicamente para ele, do prazer e, portanto, também do sofrimento, a exigir atenção desmesurada, e mesmo quase superior a todas as outras, que é a ambição e sentimento de honra e vergonha. Em prosa, sua opinião da opinião de outros a seu respeito. Esta se torna em figuras mil e freqüentemente estranhas, o fim de quase todas as suas pretensões além do prazer físico ou da dor. Embora possua a mais do que os animais ainda os prazeres intelectuais, a permitirem muitas graduações da brincadeira mais ingênua, ou da conservação, até as realizações espirituais mais elevadas, em contrapartida, do lado dos sofrimentos, se situa o tédio, que o animal, ao menos em estado natural, não conhece, mas de que somente os animais mais inteligentes, em estado domesticado, sentem os mais leves traços; enquanto no homem se configura em verdadeiro algoz, como se vê particularmente naquela multidão lastimável dos que constantemente se preocupam somente em preencher seu bolso, mas nunca sua cabeça, e aos quais justamente sua abastança se transforma em castigo, a entregá-los às mãos do tédio mortificante, para escapar do qual ora se apressam, ora se arrastam, ora se afastam de um lugar a outro, para agora, tão logo presentes, temerosamente se orientarem quanto aos recursos do lugar, como faz o necessitado quanto aos possíveis meios de auxílio: pois seguramente a necessidade e o tédio formam os dois pólos da vida humana.

Cresce muito mais no homem a medida da dor do que a do prazer, e se incrementa ainda de modo especial por ele saber efetivamente da morte; enquanto o animal foge dela por instinto sem propriamente conhece-la e por isso sem jamais verdadeiramente encara-la, como faz o homem, sempre tendo à sua frente este prospecto. Contudo, se apenas poucos animais morrem de morte natural, a maioria tem tempo suficiente para multiplicar a espécie, tornando-se então, quando não antes, presa de um outro; somente o homem conseguiu, por outro lado, que em sua espécie a assim denominasse morte natural figurasse como regra, entrementes a sofrer exceções consideráveis; por conseguinte, pelo motivo anterior, os animais persistem em vantagem. Além disso, ele atinge o objetivo efetivamente natural de sua vida tão raramente quanto aqueles porque sua conduta contrária à natureza, ao lado de seus esforços e suas paixões, e a degeneração da raça causada por tudo isto raramente lhe permitem alcançá-lo.

Os animais se satisfazem muito mais do que nós com a simples existência; as plantas totalmente; o homem, conforme o grau de seu embrutecimento.

[Giselle].

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